Da Redação
Para o idealizador e um dos criadores do movimento Coalizão pela Vida, o jornalista e associado à APJor, José Alberto Gonçalves (Beto), falta ao poder público a noção de uma prevenção integrada à Covid-19. Para ele, a Prefeitura e o Governo do Estado limitam-se a uma “visão hospitalar” da questão, equivocada e que não salva tantas vidas quanto se poderia salvar. Um exemplo é o problema da testagem em massa, adotada pelos governos onde a prevenção foi mais efetiva.
Erotildes de Medeiros, a Tida, que também é jornalista e associada à APJor, informa que somos a vigésima sétima organização a fazer parte da Coalizão, movimento que vem alcançando algum destaque e que tem sido procurado por jornalistas de vários veículos para explicar suas ações.
A Coalizão pela Vida já teve uma audiência com a secretária municipal Ana Cláudia Carletto, dos Direitos Humanos e Cidadania, e aguarda uma reunião com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. “Além da cobrança junto aos órgãos públicos, queremos nos associar a outros movimentos e grupos de ativistas da cidade para ampliar o alcance e a força das iniciativas favoráveis a salvar vidas na luta contra o Covid-19”, diz Tida.
Agir para salvar vidas
O movimento começou com a criação do Grupo de Prevenção Integrada da Covid 19 (GPic). A primeira reunião, com Beto, Eleilson Leite (da ONG Ação Educativa) e mais alguns amigos, deu-se em fevereiro de 2021, quando eles perceberam as falhas nas medidas adotadas pelos governos municipal e estadual e pensaram na necessidade de agir para salvar vidas.
Beto considera que “não existe nenhuma luta maior que salvar vidas no enfrentamento da pandemia, no momento”. Ele explica, também, que o movimento está aberto a novas adesões, tanto de pessoas, individualmente, quanto de entidades. Contudo, esclarece que “a entidade que quiser participar precisa trazer algo de concreto à Coalizão. Pode ser uma pessoa que assuma parte do trabalho ou que forneça alguma contribuição material mais decisiva na organização das ações. De nada adianta termos várias pessoas que participam das reuniões – principalmente virtuais – mas que, na hora de assumir o trabalho, deixam o trabalho concreto para uns poucos abnegados, como acontece em muitas outras iniciativas”.
A APJor é representada no movimento pela jornalista e associada Erotildes de Medeiros, a Tida, que participa ativamente da Coalizão pela Vida. Com sua dedicação à causa do enfrentamento à Covid-19, Beto e Tida mostram que o jornalista pode atuar de forma mais ampla no enfrentamento da Covid-19, indo além de informação a população. “A informação correta, vinda de boas fontes, é fundamental”, diz Beto. “Mas se alguém tem condições para ir além, há muito a ser feito”, completa. “Ainda mais quando se tem um presidente que age contra o que recomendam a Organização Mundial da Saúde e a ciência”, conclui.
Foto ilustração de Karolina Grabowska, no Pexels