Aplicativos de videoconferência mudam hábitos profissionais

O isolamento social por causa da pandemia fez aumentar a demanda por aplicativos de vídeo chamadas no país, seja para trabalhar ou para conversas com amigos e familiares, e uma das ferramentas mais utilizadas por aqui é o Zoom

Por Eduardo Micheleto

O isolamento social por causa da pandemia de coronavírus fez aumentar a demanda por aplicativos de vídeo chamadas no país, seja para trabalhar ou para conversas com amigos e familiares, e uma das ferramentas mais utilizadas por aqui é o Zoom Meetings.

O aplicativo da startup americana Zoom Video Communications é voltado para o mercado corporativo e cumpre o mesmo papel dos seus concorrentes diretos, como o Skype, da Microsoft, ou o Hangouts, do Google, que é o de conectar diversas pessoas em uma reunião à distância em tempo real, porém o Zoom Meeting possibilita a participação até 100 pessoas em uma reunião, e pode ser usado gratuitamente por até 40 minutos.

Além do trabalho Home Office, diversos setores tiveram que se adequar a essa situação, e um dos setores mais impactados foi o da Educação, que teve seu tradicional “aprendizado em sala de aula” transformado em “aulas online”, trazendo um novo mundo não só para os alunos, mas também para os professores.

Segundo dados da UNESCO, 1,5 bilhão de estudantes tiveram suas aulas suspensas durante esse período. Esse número representa mais de 90% dos estudantes do planeta, e para tentar minimizar essa “perda”, o Ministério da Educação autorizou a utilização de meios e tecnologias digitais na substituição temporária das aulas presenciais.

 Em São Paulo, cerca de 3,5 milhões de alunos foram beneficiados com a medida, que além do aplicativo oferecido aos alunos da rede estadual, os alunos tiveram a possibilidade de assistir as aulas via TV Cultura. Escolas particulares, Cursinhos pré-vestibular e até academias de ginástica ofereceram aulas online para seus alunos. Segundo dados do Censo da Educação Superior, a modalidade EAD cresce mais de 5% ao ano.

A TV também teve que se adequar, mudando seus antigos formatos e realizando entrevistas via aplicativos de vídeo, mostrando que a vida online veio para ficar, alterando não só os nossos hábitos, mas também as nossas crenças e valores.

*Eduardo Micheleto é jornalista e associado da APJor.

 

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